"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona



quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Aprendendo no sofrimento - Romanos 8.18





      O apóstolo Paulo, pastoreando e ensinando, à distância, os crentes de Roma, depois de afi rmar que somos filhos de Deus e co-herdeiros com Cristo, faz uma declaração consoladora: “Se com Ele sofremos, também com Ele seremos glorifi cados” (Rm 8.17). E prossegue no verso 18, dizendo que “os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”.

      Não podemos racionalizar o sofrimento. É um mistério que jamais iremos compreender. Somente a Palavra de Deus nos revela, pela fé, o caminho seguro para enfrentarmos as provações que de forma inesperada e desafi adora surgem diante de nós.


      Primeiro, precisamos confiar de coração no Deus Todo Poderoso, que é Pai, que nos ama e nos conhece muito mais do que podemos imaginar. Ele conhece a nossa estrutura e a Bíblia declara que o Pai celeste não permite que nos aconteça uma provação, sofrimento ou tentação além do que podemos suportar e que, juntamente com a tentação, Ele nos proverá livramento, de sorte que a possamos suportar (I Co 10.13).


      Ele sabe perfeitamente o que fazer quando algo maior do que nós nos acontece e cumpre seu propósito em nossa vida. Aprendemos, também, que a dimensão do eterno é infi nitamente maior do que podemos ver agora, como Jesus disse a Pedro na ocasião do lava-pés: “O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois” (Jo 13.7).


      Quando o Senhor requer de nós alguma coisa maior do que podemos suportar e compreender, Ele está realizando, por nosso intermédio, milagres que vão abençoar pessoas de perto e de longe, que jamais viremos a conhecer. Mas, sem dúvida, receberemos, também, as bênçãos do Pai celeste.


      Ele usou o martírio de Estêvão para salvar milhares e milhares de vidas e o seu registro na Escritura continua cumprindo o propósito do céu.



      Não há caminho suave quando nos propomos a seguir o Senhor em obediência, pelo contrário, somente experimentamos a ternura do amor de Deus, quando somos batidos pelas duras provações do caminho.


      Quando ousamos lutar com Deus em oração, podemos até sair mancos da luta, mas recebemos a maior bênção, qual seja, a purifi cação de nosso caráter, como servos de Deus. Assim aconteceu com Jacó.


      Alguém disse que a dor é o caldeirão onde somos amolecidos a cada dia, na dureza de coração.
      Uma verdade que nos consola é saber que Deus sofre quando sofremos. Deus chora quando choramos. Ele sabe como nos consolar e aonde quer nos levar através da dor e da provação.


      “Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5).


      A passagem por este mundo é como atravessar um deserto, ou um vale árido (Sl 84.5). Ninguém escapa. E, por vezes, se torna insuportável. São tribulações de toda sorte: das enfermidades mais cruéis à perda de pessoas amadas. Esse vale não traz alegria, nem paz, nem esperança. O caminho é escuro, íngreme e cheio de pedras. Às vezes sombrio e assustador. Se estivermos sozinhos podemos tropeçar e cair. Os que andam com o Senhor, porém, não tropeçam, não caem, não se desesperam, porque o Senhor promete que esse vale pode ser transformado num manancial de bênçãos (Sl 84. 8,9).

Escrito por: Rev. Adail Sandoval

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