"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: Buscai sempre a Sua face."

Agostinho de Hipona



sábado, 3 de agosto de 2013

Piruetas, coreografias e o Espírito Santo

Quando eu pensei que já tinha escutado todos os argumentos em favor das piruetas e coreografias que “evangélicos” fazem durante o culto, me deparei com esta: quando o Espírito desceu em Pentecostes sobre os apóstolos, eles se comportaram como bêbados, pulando, dançando, caindo e girando, pois foi esta a impressão que a multidão teve: “Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer? Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados” Atos 2.12-13.

Então, tá. Mas, será que foi isto mesmo o que ocorreu? 

Estes dois versículos expressam as diferentes opiniões da multidão sobre o aquele fato estranho, que homens incultos estavam falando em idiomas das diversas nações ali representadas.


Um parte da multidão estava confusa, sem saber como pessoas ignorantes podiam fazer aquilo. Eles estavam realmente intrigados com o ocorrido e abertos para ouvir a explicação que Pedro haveria de dar em seguida, em seu sermão.

Mas, uma parte da multidão era de zombadores, gente que não percebeu a seriedade do que estava acontecendo. E zombando, disseram que os apóstolos estavam bêbados, isto é, dizendo coisas sem sentido como os bêbados costumam dizer. Era esta a explicação que eles acharam para o fenômeno.
Algo semelhante ao que Paulo diz, que se um incrédulo entrar na igreja quando todos estiverem falando em línguas ao mesmo tempo, ele vai dizer que estão loucos – algo perto de bêbados (1Co 14.23). 

Os zombadores disseram que eles estavam bêbados não porque eles estavam, como alguns bêbados, cantando, dançando, caindo, girando, gesticulando, pulando, mas porque estavam falando coisas incompreensíveis, palavras sem sentido – para os zombadores.
Não tinha nada a ver com a postura e comportamento deles, mas com as coisas que estavam dizendo.

Portanto, não faz o menor sentido usar a opinião dos zombadores de Pentecostes para justificar que hoje os crentes, cheios do Espírito, dançam, pulam, caem, giram, gritam.

Na verdade, Paulo diz, “não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espirito” (Ef 5.18), o que prova que ser cheio do Espírito é exatamente o contrário do comportamento de bêbados.

”Errais, não conhecendo as Escrituras e nem o poder de Deus” (Jesus)

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